DOSSIÊ DA DIABETES
O Brasil é o quarto país com maior número de diabéticos do mundo. Segundo o Ministério da Saúde, são mais de 12 milhões de pessoas afetadas. A diabetes é um aumento da glicose no sangue. Existe o tipo 1 chamado de diabetes insulinodependente, e o tipo 2 conhecido como diabetes não insulinodependente.
Na diabetes insulinodependente, o paciente vai precisar injetar insulina todos os dias e várias vezes. Isso acontece porque cada vez que a pessoa se alimenta, o organismo precisa de insulina para que a glicose seja captada nas células.
Tipos de diabetes
De acordo com a endocrinologista Ana Flávia Torquato, "a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, em que existe um ataque às células do pâncreas que deixam de produzir insulina. É mais comum que isso se manifeste já na infância e adolescência, mas, às vezes, pode aparecer mais tardiamente", explica.
"A obesidade e o ganho de peso estão diretamente ligados ao tipo 2, que se adquire ao longo da vida e representa 90% dos casos da doença no Brasil", comenta a endocrinologista. Normalmente acontece na idade adulta ou mais avançada, mas existem cada vez mais casos diagnosticados na infância.
Infelizmente, a previsão para o futuro é do aumento da doença. Estima-se que, em 2045, o Brasil terá 23 milhões de diabéticos.
Prevenção e tratamento
Cerca de 80% dos casos da diabetes tipo 2 podem ser prevenidos com medidas simples, que consistem na adoção de uma alimentação equilibrada, manutenção de um peso saudável e a prática de atividade física regular.
Além disso, existem várias medicações disponíveis (orais e injetáveis) para realizar o tratamento. Em pacientes com a doença mais avançada, é necessário o uso de insulina.
Complicações da diabetes
As principais complicações da diabetes são: doença microvascular, insuficiência renal com necessidade de hemodiálise e retinopatia com perda visual; neuropatia, podendo haver a necessidade de amputações; e a doença macrovascular, como infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e AVC.
Pé diabético
Outra complicação da doença é o pé diabético "caracterizado por lesão ou ferimento no pé", afirma a enfermeira Sherida Paz. Ele acontece quando não há o controle do nível de glicemia, podendo ocasionar a neuropatia, distúrbio causado pela diabetes que traz complicações e danos nos nervos e vasos.
"Às vezes, a pessoa não sente que pisou no prego ou que está pisando em uma superfície quente devido à falta de sensibilidade. Isso é o primeiro indício do pé diabético", comenta a enfermeira.
Existem aparelhos que são usados para detectar o problema. Quando são colocados em alguns pontos específicos da região do pé, esses instrumentos devem causar vibração, pressão e reflexos. No entanto, as pessoas que têm neuropatia não sentem nada.
Tratamento do pé diabético
Quem tem diabetes, com neuropatia ou não, precisa ter alguns cuidados específicos para tratar o pé diabético: não andar descalço, lavar bem os pés, enxugá-los bem entre os dedos e hidratar a região.
A escolha do sapato também merece uma atenção especial, deve ser macio, leve e moldado a forma dos pés.
O famoso escalda pés não é indicado para pessoas que tem pé diabético. Esse hábito deixa a pele bastante frágil e quebradiça, facilitando as infecções causadas por fungos, como frieiras e micoses, que podem virar lesões mais sérias. Não secar bem os pés, principalmente entre os dedos, também é um mau hábito que aumenta as chances da proliferação de fungos.
Fazer movimentos circulares com os pés a cada 15 minutos ajuda a manter uma boa circulação sanguínea nos membros inferiores, melhorando a oxigenação dessa área do corpo. Mesmo que isso não previna a neuropatia diabética, diminui as chances de isquemia e trombose, dois problemas que são comumente associados ao pé diabético.
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